Quando o seu banco está a fazer a avaliação entre conceder-lhe o crédito que procura ou não, são vários os fatores que toma em consideração. O banco terá de estudar a sua credibilidade enquanto devedor, isto é, precisa de acreditar que o dinheiro que lhe está a emprestar hoje será devolvido mediante o acordo estabelecido. A este processo de avaliação dá-se o nome de análise de risco. 

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Como é que o banco avalia isto? Existem muitos indicadores para se estimar a probabilidade de uma pessoa cumprir ou não com um contrato de crédito. Por exemplo, consideremos duas pessoas, o Carlos e o João, com características semelhantes, excetuando o facto de o Carlos possuir mais património. Neste caso, é mais seguro para o banco emprestar ao Carlos que, por dispor de mais património do que o João, sendo em tudo o resto igual, terá uma maior probabilidade de reembolsar o empréstimo ao banco. 

 

Vejamos agora outro exemplo, desta vez entre a Rita e a Joana, com características semelhantes, excluindo apenas o facto de a Rita ter mais dívidas (com valor total em dívida maior) por pagar face à Joana, que apenas possui um crédito (empréstimo) automóvel.  Se ambas solicitarem ao mesmo banco um novo empréstimo, será mais difícil para a Rita pagar as prestações associadas ao mesmo, atendendo a que o seu esforço financeiro para pagar as prestações dos seus empréstimos é maior. Isto deve-se ao facto de a Rita já ter mais obrigações associadas às suas dívidas do que a Joana, que apenas tem um empréstimo automóvel. 

 

A Taxa de Esforço não é mais do que a tradução matemática deste raciocínio. Corresponde à percentagem do rendimento familiar destinada ao pagamento das prestações de créditos (empréstimos) que já tenham sido contraídos. 

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Taxa de esforço = (Encargos financeiros mensais / Rendimento) x 100 

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Quanto mais alta é esta taxa, maior é a parte do rendimento mensal que a família/indivíduo já tem destinada ao pagamento de dívidas, logo maior é o seu esforço financeiro e maior é o risco de incumprir com as suas obrigações.

 

No geral, a taxa de esforço não deveria ultrapassar os 33%, de forma a evitar aumentar em demasia o risco de incumprimentos das obrigações financeiras, especialmente no decurso de imprevistos como situações de doença ou de desemprego. 

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Deseja calcular a sua taxa de esforço? Sites como o doutorfinanças ou o Todos Contam têm ferramentas que o podem ajudar.

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Autoria: Finanças para Todos

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